sábado, 1 de outubro de 2011

AGUÇANDO OS SENTIDOS

Sei que ando em falta com meus caros amigos, mas a ausência de inspiração tem tomado conta de mim, mas não os abandonei, não. Hoje, não vou escrever nada para refletir, só vou descrever uma experiência que vivenciei numa andança pelo Mercado Municipal de São Paulo e convidá-los a exercitar a imaginação e os cinco sentidos.
Este local me traz recordações da minha infância quando ia com meu pai, a princípio, no mercado e tempos depois também nas redondezas da zona cerealista. Na época não dava atenção ao local, o que me deixava feliz era poder estar junto de meu pai. Andávamos por todo o mercado, comprávamos algumas frutas, fazíamos uma visita em uma das bancas onde um tio, irmão de meu pai, trabalhava. Eu ficava sempre ao lado do meu pai, pois me recordo que era um vai e vem de carrinhos, naquela época para mim carrinhos enormes, com caixas e caixas das mais variadas frutas e tinha receio de me perder.

Ah! Que saudades da minha infância...
A inclusão da foto em preto e branco é uma alusão a este tempo que ficou só na lembrança. Agora já adulta, toda vez que passo por esta região vem um saudosismo de um tempo onde tudo era festa e alegria, onde a ingenuidade e a inocência não me deixavam enxergar um mundo a parte, onde as pessoas lutavam e ainda lutam por sua subsistência.

Não se preocupem, não vou me enveredar por este lado feio e pesado, muito pelo contrário vou mostrar um lado onde nossos cinco sentidos são aguçados, para mim principalmente a visão e a gustação, além é claro, de estimular a criatividade culinária.


A arquitetura do prédio é outro capítulo a parte, mas não poderia deixar de mostrar alguns dos vitrais.

VITRAL
Hoje não tinha o corre e corre dos carregadores, nem mesmo muitos clientes, os hábitos mudaram, já não se acorda mais tão cedo para se fazer as compras, mas as bancas já estavam todas devidamente ajeitadas de forma a estimular nossa visão e as papilas gustativas.

É claro que é impossível não torcer o nariz ao se passar pelas bancas de peixes mas que vale a pena quando se imagina comendo um belo peixe assado, ou um camarão na moranga, isso vale.
VITRAL
Infelizmente não vou poder mostrá-los pois não fui preparada para uma sessão fotográfica, e a minha pequena compacta resolveu acabar a bateria no meio do caminho, mas numa próxima oportunidade prometo trazer um maior número de diversidades.

É no mercadão de São Paulo, como eu o conhecia, que se encontram as novidades no que se refere a gastronomia. Alem das novidades tem algumas frutas que quase não se vêem mais, como
o jatobá, que também me reporta a infância.

Bem, vou parar por aqui, vou deixar umas poucas fotos para vocês exercitarem seus sentidos e colocarem em prática a criatividade culinária.

Até a próxima.



A BANCA DO PECADO...

CEREAIS DIVERSOS

FAVA IMPORTADA

FAVA

MIX DE GRÃOS

Variedade de espécies, cor, aroma e sabor...

As importadas junto das nossas tradicionais

LICHIA
Importada

MANGOSTIN
Fruta importada, R$130,00 o quilo...

ROMÃ
Quase todos os quintais tinham uma árvore plantada.
Hoje é mais lembrada no Ano Novo, onde se faz os três pedidos do que se quer que aconteça.

JATOBÁ
Vocês conhecem o Jatobá?
Era muito comum na minha infância. Hoje quase não se ouve falar mais. Ficou na saudades...

domingo, 17 de julho de 2011

NATUREZA: NOSSA MELHOR ESCOLA

Gosto de sair e ficar observando as folhas caídas e as árvores com suas cicatrizes. A cada dia me surpreendo mais com as lições de vida que a natureza nos dá.


Sinto como se ela falasse em alto e bom tom “ei, olha pra mim e veja como lido com as adversidades”. Vejo sementes germinando em terrenos áridos, onde jamais imaginaria que poderia desenvolver uma vida.


Observo verdadeiras cicatrizes que nos falam de amor, como se apesar de terem sido lesadas, maltratadas, ainda pudessem expressar o amor pela vida.


A natureza em sua forma bruta, livre nos mostra que viver é possível, em qualquer terreno. A vida quer sair, quer pulsar, se expressar.


Em contra partida vejo que o maior predador do mundo, o homem, tenta destruir toda essa beleza,


pois para ele a beleza não esta no deixar fluir, seguir o curso, mas sim em sugar tudo o que vê pela frente, não se importando com sua própria espécie ou a harmonia do seu próprio ambiente.


Convido você a doar um minuto de sua vida, todos os dias, para contemplar a mãe natureza, nossa mestre eterna e deixar que ela fale em seu coração.


Sueli Mozeika

domingo, 12 de junho de 2011

APRENDENDO COM A MÃE NATUREZA

A invasão da selva de pedras nos afastou das belezas naturais que nos foi confiada por Deus, e isto nos privou de aprendermos a importância de conservarmos o ecossistema e principalmente de aprendermos a lição de vida que a mãe natureza nos ensina, dia a dia, de forma bela e graciosa ou através de sua revanche cheia de fúria e destruição, quando a desrespeitamos.

Quando criança tive o privilégio de manter um freqüente contato com a natureza, apesar de ter nascido e ser criada numa região urbana de São Paulo, mas numa época em que não existia asfalto. Brincava descalço na rua de terra, na chuva, subia em árvores num período em que a maioria dos quintais possuíam, pelo menos uma, nem que fosse um mirrado pé de limão.Não posso me esquecer da criação de galinhas, com seus pintainhos correndo ao redor de meus pés. É claro que não podia faltar o cachorro, o famoso vira lata, que comia os restos de comida, principalmente osso de galinha e dificilmente tomava uma vacina. Banho só no verão de mangueira e com sabão em pedra de lavar roupa. Esse dia era uma festa e o bichinho morria de velho, ou atropelado quando começaram a asfaltar as ruas e o número de carros começou a aumentar e passaram a correrem em maior velocidade.

Nas noites de verão corria atrás dos siriris e vagalumes. Adorava caçar grilos, de todos os tamanhos e quando conseguia um gafanhoto era uma festa. As borboletas eram abundantes, de todas as cores e tamanhos, que visitavam as casas repletas de flores nos jardins. Ouvir o canto dos grilos e sapos a noite era como uma canção de ninar.

Meu pai, que quando criança gostava de pescar no rio Tamanduateí e no Tiete, teve que buscar outros rumos quando adulto, uma vez que o crescimento industrial na região do ABC e grande São Paulo começaram a poluir os rios e acabaram com os peixes. Felizmente ainda restavam as represas de Guarapiranga e Bilings com a Mata Atlântica exuberante. Brincar na beira da represa, correr no meio da mata, voltar toda molhada e cheia de lama era muito divertido. É claro que nessa época não prestava muita atenção as flores, aos pássaros e insetos que abundavam a região, mas tudo isso fazia parte da minha vida. Era como o oxigênio que respiramos e não notamos sua presença mas que mantêm a nossa vida fluindo.

O tempo foi passando, fui crescendo e entrando no ritmo alucinante da cidade grandes e me distanciando da mãe natureza. Não me sobrava tempo nem de pensar ou lembrar da importância que ela teve em minha vida. A medida que entrava cada vez mais na roda viva do mundo consumista, da necessidade de acompanhar a evolução as tendências, fui percebendo que estava “me” consumindo, que por mais que tentasse chegar a algum lugar ele ficava mais distante, por mais que corresse só me desgastava cada vez mais e não chegava a lugar algum.

O ser humano não mede esforços para chegar a um topo que nunca chega, pois este topo é como a cenoura que vai a frente do burro para ele continuar caminhando. O ser humano rouba e mata por prazer, pois precisa sentir a adrenalina correndo nas veias, enquanto o animal ataca para se defender ou para se alimentar, portanto para a sua subsistência. Homens matam suas esposas ou namoradas porque pegam no pé, mães jogam seus bebes recém nascidos nos lagos ou latas de lixo. Isto me faz lembrar a minha cachorra que mordeu um menino que estava pulando próximo de sua cria. Filhos matam pais quando recebem um “não”.

Em contra partida tenho observado que uma minoria vem tentando resgatar um tempo perdido, que foi esfacelado e contaminado pela ganância de um ser insaciável. Fico feliz quando visito praças e parques e me deparo com pássaros ciscando na grama, ou comendo frutas que estão sendo plantadas para lhes dar boas vindas. Fico feliz quando vejo pássaros comuns da Mata Atlântica visitando os lagos de nossas praças, bem como alguns animais também. Espero que estes sinais sejam sinais de uma luz no fim do túnel.

Minha esperança é que um dia essa minoria consiga a se tornar a maioria e que o ser humano, o que se vangloria por ser o único animal racional, venha a se dar conta que tudo na natureza tem sua importância e que se faz necessário o devido cuidado e respeito para que o mundo siga sua trajetória em harmonia.

Gostaria de terminar com um trecho do Sermão da Montanha (Mt 6:25-33) para nossa reflexão.

25 Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?
26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?
27 Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?
28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam;

29 contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.
30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?

32 (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.
33 Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.



Um lembrete:- fazemos parte de um ecossistema, se quebrarmos um elo tudo o mais será rompido.




Sueli Mozeika

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A LONGA JORNADA...

Caminhando, caminhando...

Pra onde? Pergunto-me constantemente.
Correndo atrás do vento? Buscando o que?
Talvez um sonho, uma luz, um alento?
Não sei responder, mas sei que continuo caminhando...
Assim me ensinaram uma vez,
Nunca parar,
Seguir sempre em frente...
Superar obstáculos.

Se cair levantar e continuar
Mas pra que? Pergunto-me...
Não encontro respostas.
Continuo a caminhar, mesmo depois de muito tempo...
Meus pés já cansados, mãos doloridas, sem vida...
Continuo caminhando...
Sempre em frente, sem parar...
Onde vou chegar? O que vou encontrar?
Sempre me perguntando, sempre sem respostas.
Mas sigo em frente, me mandaram caminhar...


Certo dia, já cansada, sem forças,
Paro, é noite. Nada vejo, é tudo escuro.
Nada vejo, mas eu sinto.
O cansaço, a solidão, a falta do chão, da raiz.
Por que tudo o que fiz, foi só caminhar.
Seguindo em frente, sempre seguindo...
Sem notar o tempo passar.
Sem tempo para amar, nem mesmo chorar...

Seguindo sempre em frente...
Quando já sem forças para caminhar,
Sem forças para continuar, me pergunto...
E agora, o que me resta?
O que fazer com tudo isso? Ou melhor, com nada disso?
Na longa jornada, nada conquistei.
Só dor, cansaço e enfado.
Hoje na escuridão da noite, enxergo.
Tudo o que não via, na luz do dia.



Quem me dera ter a oportunidade de retroceder,
De poder viver a simplicidade ao meu redor,
De brincar, correr e sentir
Não fugir, nem me esconder atrás de poder e riquezas,
Ter um verdadeiro encontro com a natureza,
Com a verdadeira beleza que desabrocha independente do homem,
Mas que sofre e morre por causa do homem.



Devo ainda continuar? Correndo atrás do vento,
Ou paro ao relento? Observo as estrelas?
Sinto o perfume das flores?
Ouço a orquestra afinada dos
Pássaros executando uma canção de amor e agradecimento?



Olho para trás. Percebo, então, o quanto perdi em caminhar só em frente...
Será que ainda me resta algum tempo?
Um momento se quer de poder olhar e enxergar
Que tudo esta ao meu lado, sem precisar mais caminhar,
De poder desfrutar o verdadeiro amor.
O amor pela vida, o amor por mim mesma,
O amor pelo meu próximo?
Cansei de caminhar, só me resta agora descansar,
Sentir e amar...


Sueli Mozeika

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NO DESERTO DA ALMA




Na aridez causticante,
Onde tudo seca, resseca e contorce,
Minha alma repousa.
Ou adoece?
No deserto, caminha minha alma,
Sozinha, solitária.

Para onde não sei, nem sabe ela...
No deserto, caminha sem rumo, sem deixar marcas
Girando em círculos,
Sem sair do lugar.



No deserto, o vento leva a areia, os sonhos e as esperanças.
Deixa tudo sedento, seco, sem vida...
No deserto, o calor aquece.
Queima tudo o que encontra,



Deixa só a aridez,
Quem sabe talvez uma dor surda,
Ouvida só pela alma,
Uma dor que corrói, que destrói...
Sem ninguém ver.



Neste deserto minha alma se encontra,
Cansada, sem rumo, sem forças...
Procurando um Oasis,
Uma sombra pra descansar.
Quem sabe, tomar fôlego pra continuar,
Sem ressecar...




Sueli Mozeika

sábado, 22 de janeiro de 2011

DANDO A VOLTA POR CIMA








O Poder da Resiliência

Dizem que nada acontece por acaso, tudo tem um propósito. Acredito neste ditado, por pior que seja o acontecimento sempre tiramos uma lição e subimos mais um degrau de nosso crescimento interior.

Interessante o que me tem ocorrido neste início de ano, tenho procurado alguns livros para ler e o que mais me chamou a atenção é que todos os que me caiam as mãos eram sobre as nossas escolhas e nossa responsabilidade pelos resultados.

Percebi, então, que o tema da postagem anterior continuava me perseguindo. Não bastasse os livros que “me perseguiam”, neste final de semana fui fazer um passeio fotográfico na cidade de São Luiz do Paraitinga. Uma cidadezinha do interior, tombada pelo patrimônio histórico, e muito conhecida por seu carnaval. Depois de praticamente um ano, via-se na cidade os resquícios de uma tragédia. Prédios e casas abandonadas faziam contraste com outras inteiramente reconstruídas.

Fiz um paralelo com minhas leituras recentes, com os contrastes da cidade e com nossas escolhas na vida. O mais recente livro que terminei de ler foi VENCER – livre-se do lixo na sua vida de Dave Pelzer. Estou lendo, dois outros, quase que simultaneamente, SobreViver – Instinto de Vencedor de Claudia Reicken e O REFEM EMOCIONAL – Resgate sua vida afetiva de Leslie Cameron – Bandler e Michael Lebeau.

Os dois primeiro falam da resiliência, a capacidade de superar os problemas e saber usá-los como trampolim para o crescimento pessoal. Em VENCER, temos um relato verídico de uma violência infantil, onde todos achavam que o autor seria mais um delinqüente da vida, ao contrário fala de uma experiência dura, de abandono e vitória. Em SobreViver, a autora faz o relato de uma pesquisa que realizou com pessoas que sofreram acidentes terríveis e também conseguiram dar a volta por cima. Em O REFEM EMOCIONAL, os autores também decorrem sobre experiências vividas e superadas no tocante aos relacionamentos afetivos e nossa forma de nos comunicarmos com os que nos rodeiam, sejam familiares, amigos ou relacionamentos profissionais. Todos falam de algo em comum, superação através de uma atitude onde o instinto de vida tem sua importância primordial na superação dos traumas, alem de promover uma busca na qualidade de vida.

Nos dias atuais, tenho observado uma geração “do aqui e agora”. Uma geração que tem tudo pronto, mastigado e digerido. Uma geração que nos primeiros conflitos buscam o vício para superar as frustrações e decepções. Uma geração que não sabe o que é empatia, não sabe olhar para o outro, não sabe sentir e entender o sofrimento alheio, quando não, o intensifica através de comportamentos agressivos ou infantilizados. A única coisa que vêem é seu próprio umbigo. Vemos uma geração que esta sendo formada, por nós com deformação de caráter.

“O caráter não pode se desenvolver na calma e na facilidade. É só através da provação e do sofrimento que a alma é fortalecida, a visão clareada, o desejo estimulado e o sucesso obtido.” (Hellen Keller)

É a nossa escolha, de nossas atitudes, que vai nos direcionar para o alto da montanha ou para o precipício.

“As pessoas que você lidera refletem sua atitude. Se você é responsável por pessoas- como patrão, pai ou líder-, a atitude delas é o reflexo da sua.” (John G. Maxwell – A ESCOLHA É SUA – decisões importantes para você conquistar o que você deseja)

As vezes me pergunto se é a idade que vai chegando que nos faz mais introspectivos em relação as nossas condutas e atitudes, ou se este tema tem me tocado porque é um ponto que devo trabalhar em minha vida. Bem provavelmente é a segunda hipótese. Sei que se escolher o caminho da renovação ele vai ser difícil, árduo.

“Nenhum cavalo chega a qualquer lugar enquanto não for arreado. Nenhum vapor ou gás movimenta coisa alguma até ser confinado. Nenhuma catarata do Niágara é transformada em luz e energia até ser turbinada. Nenhuma vida se torna grandiosa até ser focada, dedicada e disciplinada.” (Henry Emerson Fosdick)

“Se não nos disciplinarmos, o mundo nos imporá sua disciplina.” (William Feather)

Sueli

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

DESCULPAS OU DETERMINAÇÃO?





Inicia-se mais um ano, muitos sonhos, esperanças e... É, pois é. Já ouvi muitas pessoas, e aqui me incluo também, comentarem da famosa lista de objetivos para o novo ano que se aproxima.
No final de ano é comum fazermos uma retrospectiva do que conquistamos ou deixamos de conquistar ou executar e conseqüentemente de ganhar no ano que se findou. Damos mil desculpas por não termos atingido nossos objetivos. Mas lá vamos nós, mais uma vez, fazermos uma nova listinha, como a das criancinhas que já começam logo cedo a elaborar os pedidos para o Papai Noel.
Diante das frustrações e fracassos é muito comum lamentarmos a falta de tempo, pois outros compromissos urgentes nos roubaram o tempo e nos afastaram de nossos objetivos pessoais, a final de contas somos responsáveis e não podemos deixar as responsabilidades de lado. Normalmente esta é a primeira desculpa.
A preocupação para com o próximo, falta de dinheiro, falta de companhia, a idade, em fim inventamos uma série de outras desculpas para justificarmos o não cumprimento de nossos sonhos. Por vezes culpamos nosso chefe, nossos familiares, professores que exigem muito de nós, pobres mortais, que temos apenas vinte e quatro horas por dia para darmos conta, novamente, das nossas responsabilidades.
Muitos escrevem frases positivas e as lêem diariamente, lêem livros de auto ajuda e passam horas mentalizando seus desejos. Não nego que também já participei desses rituais. Mas aí comecei a me questionar o porquê nos livros encontramos muitos testemunhos de conquistas e realizações e a grande maioria fica patinando no mesmo local, e por vezes até se afundando num lodo movediço e terminam mais um ano frustrados e até mesmo desesperançosos.
Há algum tempo venho me questionando a respeito deste fenômeno. Tenho lido alguns livros famosos de auto ajuda e também de um tema que tenho me interessado ultimamente, a resiliência. Aquela força interna que faz a pessoa ferida se levantar e dar a volta por cima de forma fantástica.
Se nos apegarmos nas entrelinhas ds livros de auto ajuda o que vamos observar é que os que atingem seus objetivos são exatamente aqueles que tem a capacidade de resiliência. São aquelas pessoas que mesmo diante das adversidades sabem exatamente o que querem e seguem em frente em busca dos objetivos traçados. Elas fazem acontecer, vão atrás de seus sonhos e desejos. Criam oportunidades e não as deixam passar, estão sempre atentos e vigilantes aos acontecimentos ao redor. São pessoas pró-ativas. São determinadas, usam as pedras do caminho como desafios para subirem cada vez mais alto e, até mesmo, para construírem seus castelos.
Os derrotados são aqueles que só sonham, esperam, esperam e esperam, depois arrumam desculpas e bodes expiatórios. E no final de mais um ano, recaem no ciclo vicioso.
Deixo aqui apenas uma pergunta:- Você é o tipo que só sonha e cria desculpas, ou tem objetivos reais, determinação, arregaça as mangas e vai atrás?
Se esta difícil responder basta olhar seus feitos e conquistas. A resposta esta dentro de você. Independente do meio ambiente, é você que escolhe o seu destino.

Sueli Mozeika