sábado, 22 de janeiro de 2011

DANDO A VOLTA POR CIMA








O Poder da Resiliência

Dizem que nada acontece por acaso, tudo tem um propósito. Acredito neste ditado, por pior que seja o acontecimento sempre tiramos uma lição e subimos mais um degrau de nosso crescimento interior.

Interessante o que me tem ocorrido neste início de ano, tenho procurado alguns livros para ler e o que mais me chamou a atenção é que todos os que me caiam as mãos eram sobre as nossas escolhas e nossa responsabilidade pelos resultados.

Percebi, então, que o tema da postagem anterior continuava me perseguindo. Não bastasse os livros que “me perseguiam”, neste final de semana fui fazer um passeio fotográfico na cidade de São Luiz do Paraitinga. Uma cidadezinha do interior, tombada pelo patrimônio histórico, e muito conhecida por seu carnaval. Depois de praticamente um ano, via-se na cidade os resquícios de uma tragédia. Prédios e casas abandonadas faziam contraste com outras inteiramente reconstruídas.

Fiz um paralelo com minhas leituras recentes, com os contrastes da cidade e com nossas escolhas na vida. O mais recente livro que terminei de ler foi VENCER – livre-se do lixo na sua vida de Dave Pelzer. Estou lendo, dois outros, quase que simultaneamente, SobreViver – Instinto de Vencedor de Claudia Reicken e O REFEM EMOCIONAL – Resgate sua vida afetiva de Leslie Cameron – Bandler e Michael Lebeau.

Os dois primeiro falam da resiliência, a capacidade de superar os problemas e saber usá-los como trampolim para o crescimento pessoal. Em VENCER, temos um relato verídico de uma violência infantil, onde todos achavam que o autor seria mais um delinqüente da vida, ao contrário fala de uma experiência dura, de abandono e vitória. Em SobreViver, a autora faz o relato de uma pesquisa que realizou com pessoas que sofreram acidentes terríveis e também conseguiram dar a volta por cima. Em O REFEM EMOCIONAL, os autores também decorrem sobre experiências vividas e superadas no tocante aos relacionamentos afetivos e nossa forma de nos comunicarmos com os que nos rodeiam, sejam familiares, amigos ou relacionamentos profissionais. Todos falam de algo em comum, superação através de uma atitude onde o instinto de vida tem sua importância primordial na superação dos traumas, alem de promover uma busca na qualidade de vida.

Nos dias atuais, tenho observado uma geração “do aqui e agora”. Uma geração que tem tudo pronto, mastigado e digerido. Uma geração que nos primeiros conflitos buscam o vício para superar as frustrações e decepções. Uma geração que não sabe o que é empatia, não sabe olhar para o outro, não sabe sentir e entender o sofrimento alheio, quando não, o intensifica através de comportamentos agressivos ou infantilizados. A única coisa que vêem é seu próprio umbigo. Vemos uma geração que esta sendo formada, por nós com deformação de caráter.

“O caráter não pode se desenvolver na calma e na facilidade. É só através da provação e do sofrimento que a alma é fortalecida, a visão clareada, o desejo estimulado e o sucesso obtido.” (Hellen Keller)

É a nossa escolha, de nossas atitudes, que vai nos direcionar para o alto da montanha ou para o precipício.

“As pessoas que você lidera refletem sua atitude. Se você é responsável por pessoas- como patrão, pai ou líder-, a atitude delas é o reflexo da sua.” (John G. Maxwell – A ESCOLHA É SUA – decisões importantes para você conquistar o que você deseja)

As vezes me pergunto se é a idade que vai chegando que nos faz mais introspectivos em relação as nossas condutas e atitudes, ou se este tema tem me tocado porque é um ponto que devo trabalhar em minha vida. Bem provavelmente é a segunda hipótese. Sei que se escolher o caminho da renovação ele vai ser difícil, árduo.

“Nenhum cavalo chega a qualquer lugar enquanto não for arreado. Nenhum vapor ou gás movimenta coisa alguma até ser confinado. Nenhuma catarata do Niágara é transformada em luz e energia até ser turbinada. Nenhuma vida se torna grandiosa até ser focada, dedicada e disciplinada.” (Henry Emerson Fosdick)

“Se não nos disciplinarmos, o mundo nos imporá sua disciplina.” (William Feather)

Sueli

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

DESCULPAS OU DETERMINAÇÃO?





Inicia-se mais um ano, muitos sonhos, esperanças e... É, pois é. Já ouvi muitas pessoas, e aqui me incluo também, comentarem da famosa lista de objetivos para o novo ano que se aproxima.
No final de ano é comum fazermos uma retrospectiva do que conquistamos ou deixamos de conquistar ou executar e conseqüentemente de ganhar no ano que se findou. Damos mil desculpas por não termos atingido nossos objetivos. Mas lá vamos nós, mais uma vez, fazermos uma nova listinha, como a das criancinhas que já começam logo cedo a elaborar os pedidos para o Papai Noel.
Diante das frustrações e fracassos é muito comum lamentarmos a falta de tempo, pois outros compromissos urgentes nos roubaram o tempo e nos afastaram de nossos objetivos pessoais, a final de contas somos responsáveis e não podemos deixar as responsabilidades de lado. Normalmente esta é a primeira desculpa.
A preocupação para com o próximo, falta de dinheiro, falta de companhia, a idade, em fim inventamos uma série de outras desculpas para justificarmos o não cumprimento de nossos sonhos. Por vezes culpamos nosso chefe, nossos familiares, professores que exigem muito de nós, pobres mortais, que temos apenas vinte e quatro horas por dia para darmos conta, novamente, das nossas responsabilidades.
Muitos escrevem frases positivas e as lêem diariamente, lêem livros de auto ajuda e passam horas mentalizando seus desejos. Não nego que também já participei desses rituais. Mas aí comecei a me questionar o porquê nos livros encontramos muitos testemunhos de conquistas e realizações e a grande maioria fica patinando no mesmo local, e por vezes até se afundando num lodo movediço e terminam mais um ano frustrados e até mesmo desesperançosos.
Há algum tempo venho me questionando a respeito deste fenômeno. Tenho lido alguns livros famosos de auto ajuda e também de um tema que tenho me interessado ultimamente, a resiliência. Aquela força interna que faz a pessoa ferida se levantar e dar a volta por cima de forma fantástica.
Se nos apegarmos nas entrelinhas ds livros de auto ajuda o que vamos observar é que os que atingem seus objetivos são exatamente aqueles que tem a capacidade de resiliência. São aquelas pessoas que mesmo diante das adversidades sabem exatamente o que querem e seguem em frente em busca dos objetivos traçados. Elas fazem acontecer, vão atrás de seus sonhos e desejos. Criam oportunidades e não as deixam passar, estão sempre atentos e vigilantes aos acontecimentos ao redor. São pessoas pró-ativas. São determinadas, usam as pedras do caminho como desafios para subirem cada vez mais alto e, até mesmo, para construírem seus castelos.
Os derrotados são aqueles que só sonham, esperam, esperam e esperam, depois arrumam desculpas e bodes expiatórios. E no final de mais um ano, recaem no ciclo vicioso.
Deixo aqui apenas uma pergunta:- Você é o tipo que só sonha e cria desculpas, ou tem objetivos reais, determinação, arregaça as mangas e vai atrás?
Se esta difícil responder basta olhar seus feitos e conquistas. A resposta esta dentro de você. Independente do meio ambiente, é você que escolhe o seu destino.

Sueli Mozeika