Na grande maioria das vezes nosso olhar
vagueia pelo espaço e não conseguimos enxergar o mundo ao nosso redor. Isto
ocorre principalmente quando nossa mente esta focalizada em um pensamento
especifico, num problema pessoal ou uma tarefa a resolver. Nossa visão só enxerga o nosso foco interior,
uma imagem simbólica que toma todo o nosso campo visual e emocional. Isto é muito triste porque limitamos nosso
mundo com cenas imaginárias que nos desgastam e estressam.
Para fugir deste mundo
claustrofóbico e opressor costumo me refugiar nos parques de São Paulo. Neste
ultimo final de semana fui dar uma voltinha no Jardim Botânico, local que
frequento sempre que posso. Faço minhas caminhadas pelas trilhas tradicionais e
o interessante que cada vez que lá visito o panorama é diferente, a vegetação
muda de acordo com a estação do ano. Uma verdadeira lição de mudanças e transformação
que a natureza esta sujeita e faz suas adaptações, assim como deveríamos também
aprender aceitar as mudanças e transformações que ocorrem em nossa vida.
Desta vez não tinha muitas
flores, mas uma árvore em particular me chamou a atenção, por sua postura
altiva e esbelta, esperando ser vista e admirada por sua beleza e exuberância. Quando
a avistei meus olhos se encantaram, mais parecia uma escultura moldada pelo
tempo.
Os sentimentos foram variados,
desde encanto, sensualidade, força e a vitória sobre as intempéries e desgastes
do tempo, além é claro de dar margem a imaginação e fantasias, através da visualização
de detalhes.
Talvez através das fotos eu não
consiga transmitir todas as emoções que me tomaram de momento, mas espero que
tenham apenas uma idéia do quanto a natureza nos brinda com seus dotes
artísticos que nossa vida voltada no ter, deixa de saborear as belezas do ser.