Um convite a reflexão do Universo de Olhares aplicados a um mesmo tema ou objeto, sem que o mesmo mude a sua essência.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
"O triúnfo das nulidades" - Rui Barbosa
JÁ DIZIA O SÁBIO SALOMÃO
"O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois, novo debaixo do sol.
Há alguma cousa de que se possa dizer: Vê isto é novo? Já foi nos séculos que foram antes de nós.
Já não há lembranças das cousas que precederam; e das cousas posteriores também não haverá memória entre os qe hão de vir depois delas" Ec. 1:9-11
sábado, 25 de setembro de 2010
QUEBRANDO A RESISTENCIA II
OS ESPINHOS DA VIDA
Ola! Cá estou eu, novamente. Há cerca de dois meses comentei das dificuldades de sairmos da nossa zona de conforto, do empenho necessário para quebrarmos a inércia. A princípio pensei que aquele primeiro empurrão seria suficiente para dar continuidade aos meus assuntos aqui no blog, mas foi ledo engano. Nos primeiros dias comecei a imaginar os novos temas, que por sinal, foram muitos, mas logo veio um desanimo, como se tudo o que estava pensando não valesse a pena, até porque me dei conta de que a maioria dos assuntos que estava pautando eram muito negativistas e que poderia cansá-los. Na verdade me dei conta de que era eu quem estava cansada, desmotivada de tudo, principalmente do ser humano, que a meu ver esta se tornando cada dia mais egoísta e individualista. Comecei a me fechar cada dia mais, dentro da minha concha, mas isto começou a me incomodar, pois não posso acreditar que viemos a este mundo, única e exclusivamente para sermos servidos. Passei a me questionar para que então gastei tanto tempo estudando, adquirindo conhecimentos? Para enterrar, embolorar numa gaveta? Mas mesmo assim ainda não conseguia sentar diante desta tela e colocar algo que pudesse esclarecer o que vinha sentindo. Será que era uma depressão, ou uma raiva muito grande, uma decepção com o mundo e porque não comigo mesma? Foram muitos os meus questionamentos, mas me sentia incapaz de uma resposta, me sentia emburrecida, pois não conseguia ler, não conseguia pensar, por momentos até para escrever uma frase corriqueira nos meus relatórios do dia a dia me parecia algo muito difícil, as palavras sumiam, como se eu não conseguisse me comunicar. Houve momentos que isto começou a me preocupar, serão os primeiros sintomas de uma demência senil? A única coisa que eu sabia no momento era que não queria me expor, não queria falar, não queria nada, passava horas jogando paciência e para piorar, não conseguia finalizar um jogo se quer, chegava a jogar mais de dez, quinze vezes o mesmo jogo e não conseguia finalizar, acabava por desistir. Nem se quer me passava pela mente em escrever algum assunto para o blog, na verdade cheguei a esquecê-lo, também.
Nesta ultima semana, minha inquietação aumentou mais ainda, sentia-me incomodada com tudo e todos, queria me isolar mais ainda, embora goste de ter meus momentos de introspecção, mas ao mesmo tempo sabia que isso não fazia parte do meu ser, principalmente no que diz respeito a falta de cooperação e sensibilidade a dor do outro. Tentei pegar alguns livros para ler, mas não conseguia me concentrar, olhava para a coleção de filmes que tenho e nenhum chamava a minha atenção. Fui até a locadora e comecei a ver os filmes mais recentes, mais para uma questão de atualização, como falei anteriormente, estava me sentindo emburrecida, na verdade a palavra mais correta talvez fosse “vazia”. Já havia lido algum comentário sobre o filme Julie & Julia, então resolvi pegá-lo. Um filme que aparentemente pode parecer despretensioso começou a mexer com minhas emoções e sentimentos, pois ambas, Julie e Julia, sentiam necessidade de participarem da vida, não como mera expectadoras, mas contribuindo de alguma forma. Elas tinham algo em comum, tinham uma paixão, que podia ser gratificante a cada uma delas e ao mesmo tempo compartilhada com pessoas que também se beneficiariam com ela. Muitos diriam que seria a missão, outros a troca de energia no universo, o nome não importa, cada uma estaria interagindo e colaborando com seu potencial.
Eureca, a luz começou a acender. Hoje, durante meus afazeres domésticos, liguei o rádio, na CBN, e estava iniciando a programação Caminhos Alternativos, e o tema era “Os Caminhos da Cidadania”, falava-se sobre o nosso papel na sociedade. Foram muito interessante as entrevistas na rua, com o público, e com os convidados e a frase que mais me tocou foi do empreendedor social Wellington Nogueira, fundador e coordenador dos Doutores da Alegria, a respeito das nossas responsabilidades sociais: “Não adianta jogar no colo de ninguém, eu tenho que fazer a mudança, e se eu fizer a mudança eu consigo impactar as pessoas pelo meu exemplo”.
Não bastasse isso, após o almoço, assisti ao segundo filme que havia pego na locadora. A Troca, com Angelina Jolie, de 2008, o que me chamou a atenção foi o fato de ser baseado em uma história real. Mostra até onde estamos dispostos a sofrer retaliações e lutar pela justiça, pela verdade e colaborar com meu próximo, para não dar continuidade a uma farsa.
Diante de três situações, cada qual em tempos e contextos diferentes, mas todos com o mesmo propósito e fim, não preciso falar que foi o suficiente para acordar trazer esta mensagem a vocês.
Eu sei que não basta apenas acordar e amanhã cair novamente em sono profundo, mas eu me sinto feliz de poder compartilhar esta minha experiência e quem sabe ser mais uma formiguinha que age e não apenas mais um que se queixa e cruza os braços. Não sei por onde começar, mas tenho certeza que se cada um fizer a sua parte, teremos uma vida melhor e estaremos preparando nossos filhos e descendentes mais conscientes de seu papel na sociedade.
Até breve.
Sueli Mozeika
Ola! Cá estou eu, novamente. Há cerca de dois meses comentei das dificuldades de sairmos da nossa zona de conforto, do empenho necessário para quebrarmos a inércia. A princípio pensei que aquele primeiro empurrão seria suficiente para dar continuidade aos meus assuntos aqui no blog, mas foi ledo engano. Nos primeiros dias comecei a imaginar os novos temas, que por sinal, foram muitos, mas logo veio um desanimo, como se tudo o que estava pensando não valesse a pena, até porque me dei conta de que a maioria dos assuntos que estava pautando eram muito negativistas e que poderia cansá-los. Na verdade me dei conta de que era eu quem estava cansada, desmotivada de tudo, principalmente do ser humano, que a meu ver esta se tornando cada dia mais egoísta e individualista. Comecei a me fechar cada dia mais, dentro da minha concha, mas isto começou a me incomodar, pois não posso acreditar que viemos a este mundo, única e exclusivamente para sermos servidos. Passei a me questionar para que então gastei tanto tempo estudando, adquirindo conhecimentos? Para enterrar, embolorar numa gaveta? Mas mesmo assim ainda não conseguia sentar diante desta tela e colocar algo que pudesse esclarecer o que vinha sentindo. Será que era uma depressão, ou uma raiva muito grande, uma decepção com o mundo e porque não comigo mesma? Foram muitos os meus questionamentos, mas me sentia incapaz de uma resposta, me sentia emburrecida, pois não conseguia ler, não conseguia pensar, por momentos até para escrever uma frase corriqueira nos meus relatórios do dia a dia me parecia algo muito difícil, as palavras sumiam, como se eu não conseguisse me comunicar. Houve momentos que isto começou a me preocupar, serão os primeiros sintomas de uma demência senil? A única coisa que eu sabia no momento era que não queria me expor, não queria falar, não queria nada, passava horas jogando paciência e para piorar, não conseguia finalizar um jogo se quer, chegava a jogar mais de dez, quinze vezes o mesmo jogo e não conseguia finalizar, acabava por desistir. Nem se quer me passava pela mente em escrever algum assunto para o blog, na verdade cheguei a esquecê-lo, também.
Nesta ultima semana, minha inquietação aumentou mais ainda, sentia-me incomodada com tudo e todos, queria me isolar mais ainda, embora goste de ter meus momentos de introspecção, mas ao mesmo tempo sabia que isso não fazia parte do meu ser, principalmente no que diz respeito a falta de cooperação e sensibilidade a dor do outro. Tentei pegar alguns livros para ler, mas não conseguia me concentrar, olhava para a coleção de filmes que tenho e nenhum chamava a minha atenção. Fui até a locadora e comecei a ver os filmes mais recentes, mais para uma questão de atualização, como falei anteriormente, estava me sentindo emburrecida, na verdade a palavra mais correta talvez fosse “vazia”. Já havia lido algum comentário sobre o filme Julie & Julia, então resolvi pegá-lo. Um filme que aparentemente pode parecer despretensioso começou a mexer com minhas emoções e sentimentos, pois ambas, Julie e Julia, sentiam necessidade de participarem da vida, não como mera expectadoras, mas contribuindo de alguma forma. Elas tinham algo em comum, tinham uma paixão, que podia ser gratificante a cada uma delas e ao mesmo tempo compartilhada com pessoas que também se beneficiariam com ela. Muitos diriam que seria a missão, outros a troca de energia no universo, o nome não importa, cada uma estaria interagindo e colaborando com seu potencial.
Eureca, a luz começou a acender. Hoje, durante meus afazeres domésticos, liguei o rádio, na CBN, e estava iniciando a programação Caminhos Alternativos, e o tema era “Os Caminhos da Cidadania”, falava-se sobre o nosso papel na sociedade. Foram muito interessante as entrevistas na rua, com o público, e com os convidados e a frase que mais me tocou foi do empreendedor social Wellington Nogueira, fundador e coordenador dos Doutores da Alegria, a respeito das nossas responsabilidades sociais: “Não adianta jogar no colo de ninguém, eu tenho que fazer a mudança, e se eu fizer a mudança eu consigo impactar as pessoas pelo meu exemplo”.
Não bastasse isso, após o almoço, assisti ao segundo filme que havia pego na locadora. A Troca, com Angelina Jolie, de 2008, o que me chamou a atenção foi o fato de ser baseado em uma história real. Mostra até onde estamos dispostos a sofrer retaliações e lutar pela justiça, pela verdade e colaborar com meu próximo, para não dar continuidade a uma farsa.
Diante de três situações, cada qual em tempos e contextos diferentes, mas todos com o mesmo propósito e fim, não preciso falar que foi o suficiente para acordar trazer esta mensagem a vocês.
Eu sei que não basta apenas acordar e amanhã cair novamente em sono profundo, mas eu me sinto feliz de poder compartilhar esta minha experiência e quem sabe ser mais uma formiguinha que age e não apenas mais um que se queixa e cruza os braços. Não sei por onde começar, mas tenho certeza que se cada um fizer a sua parte, teremos uma vida melhor e estaremos preparando nossos filhos e descendentes mais conscientes de seu papel na sociedade.
Até breve.
Sueli Mozeika
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